Esta série apresenta toda semana um artista NFT, falando um pouco sobre sua história e sua arte. Se você é artista e quer aparecer aqui mande uma mensagem no Instagram ou Twitter.
O artista de hoje é Vii Lennard. Veja abaixo uma seção de perguntas e respostas e acompanhe o seu trabalho clicando nos link no final da matéria.
Conte um pouco sobre você e sua trajetória / biografia.
Sou Vii, artiste visual e designer, vivo e trabalho entre Osasco e São Paulo (Brasil). Concluí minha formação no curso de bacharelado em Artes Visuais (FEBASP – 2019). Desde então tenho participado de grupos de pesquisa, crítica e práticas artísticas. Já participei de algumas exposições coletivas e hoje algumas das minhas obras fazem parte do acervo rotativo. Na minha produção exploro interlocuções entre as linguagens gráficas e pictóricas, busco lidar e pensar processos de transformação e dissolução corporal em proveito dessas estruturas anatômicas, através de uma perspectiva matérica/acrobática e existencial.
Como você descreve sua arte, influências, inspirações…?
Minha arte parte de uma ativação transicional entre a prática do desenho enquanto ferramenta verbal e a pintura, o corpo na minha pesquisa atravessa sua potencialidade motora, a partir da figuração, na minha produção, ele se torna matéria de tensionamento crítico que atravessa também perspectivas da morte, que desde o início da minha produção tem sido minha principal influência. O que me inspira também é pensar no acionamento transformacional dessas corporeidades, a partir disso olhar para a atuação da gravidade tem sido um importante ativador para a minha pesquisa artística.
Como entrou / conheceu os NFTs?
Conheci os NFTs a partir de uma chama aberta do Museu Transgênero de História e Arte (MUTHA), que incentivou de forma incrível a ocupação de artistes trans nessas plataformas.
Pintura digital, Colagem digital de fotografia de desenho em carvão e água sobre Canson 200g
Qual o motivo de ter escolhido esta arte para ilustrar o post?
Escolhi essa arte porque foi minha primeira mintagem e acredito que transmita bem um novo percurso investigativo na minha produção artística atualmente. Ela também se relaciona com o momento em que me entendi enquanto uma pessoa trans.
Como vê o mercado de arte NFT?
Parece uma ótima alternativa para artistas jovens e independentes venderem seus trabalhos e ocuparem novos espaços, já que o mercado de arte nem sempre é inclusivo.
Como foi o processo de mint? Alguma dificuldade técnica? Alguma dica para facilitar a entrada de novos artistas.
Foi uma experiência interessante, foi a primeira vez que entrei em uma plataforma de vendas de NFT, causa uma certa estranheza, porque é algo novo, mas ao longo do processo tudo se mostrou mais simples e fluido do que eu imaginava (com a ajuda de Luluca do MUTHA também facilitou bastante) e todo o movimento de mint ocorreu de forma coletiva o que sinto que foi um diferencial para se envolver mais com a plataforma.
Vocês podem acompanhar meu trabalho me seguindo no Instagram @vihdeleo e ver mais detalhadamente minha produção no meu portfólio online: https://viilennard.com/portfolio/